domingo, novembro 12, 2006

Alguém desenha que voa

Vinha com a minha toada entretida na viola, mas quando penso o que penso, com a vertigem duma história, fico apenas com a minha toada.
Janela aberta e o pastor dormia, o tempo inerte sob o sol sumia e beijo a moça num lençol de rio. Andam cavalos pintados no campo, numa lagoa.
O sonho pertence à tela e alguém desenha que voa. A moldura sem retrato recua pr´além...
Protesto, mundo errado que este mundo tem. Fico apenas com a minha toada.

(João Afonso, Missangas)

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