Baraka
O que é que os pintos de um aviário têm em comum com os macacos que vivem livres, na natureza? Como é que podemos associar os carros numa fila de trânsito, ou a correria das pessoas-formiga, no metro, a um monge tibetano que, lenta e calmamente, desempenha o seu ritual? Qual o ponto de ligação entre as difíceis condições de vida nos bairros degradados e os olhos tristes das crianças com a recuperação dos mitos e tradições africanas, orientais ou da Europa de Leste?
Poderíamos perpetuar as perguntas ou partir para dois tipos de resposta: estas premissas são inconciliáveis ou, de uma forma generalista, poderíamos afirmar que todas, sem excepção, fazem parte do mundo em que vivemos. Mas isso não bastaria para resumir Baraka. O filme não se limita a inventariar situações da vida quotidiana, tradições e paisagens. Orquestra-as. Viajamos vertiginosamente, por seis continentes e vinte e quatro países diferentes onde a natureza, o sublime e a perfeição se confrontam com a tecnologia, o inumano, o horror e o medo. O resultado é como uma alucinação, simultaneamente rápida e petrificante. O ritmo do filme sugere-nos que essa viagem é grande e longa mas que, hoje, sentados no cinema, a podemos fazer de um só fôlego.
Baraka é uma antiga palavra Sufi (de origem sunita) que pode ser traduzida simplesmente por benção, por respirar, ou por essência da vida da qual decorre todo o processo de evolução. Ao ver este filme somos realmente abençoados por esse sopro que inevitavelmente nos faz reflectir sobre o percurso que a humanidade escolheu: entre a beleza e a destruição.
Há quem afirme que, quando morremos, por momentos vemos a nossa vida em flash-back, como se de um filme se tratasse. Se a Terra fosse um Homem, quando morresse, poderia ver algo muito semelhante a Baraka, uma mensagem sem palavras.
Poderíamos perpetuar as perguntas ou partir para dois tipos de resposta: estas premissas são inconciliáveis ou, de uma forma generalista, poderíamos afirmar que todas, sem excepção, fazem parte do mundo em que vivemos. Mas isso não bastaria para resumir Baraka. O filme não se limita a inventariar situações da vida quotidiana, tradições e paisagens. Orquestra-as. Viajamos vertiginosamente, por seis continentes e vinte e quatro países diferentes onde a natureza, o sublime e a perfeição se confrontam com a tecnologia, o inumano, o horror e o medo. O resultado é como uma alucinação, simultaneamente rápida e petrificante. O ritmo do filme sugere-nos que essa viagem é grande e longa mas que, hoje, sentados no cinema, a podemos fazer de um só fôlego.
Baraka é uma antiga palavra Sufi (de origem sunita) que pode ser traduzida simplesmente por benção, por respirar, ou por essência da vida da qual decorre todo o processo de evolução. Ao ver este filme somos realmente abençoados por esse sopro que inevitavelmente nos faz reflectir sobre o percurso que a humanidade escolheu: entre a beleza e a destruição.
Há quem afirme que, quando morremos, por momentos vemos a nossa vida em flash-back, como se de um filme se tratasse. Se a Terra fosse um Homem, quando morresse, poderia ver algo muito semelhante a Baraka, uma mensagem sem palavras.
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